quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Atenção! Contadores de histórias...




Tenho a oportunidade de ver vários contadores de histórias, levo minhas filhas e me divirto com elas, pois não existe momento mais importante e cultural como esses.


Vejo pessoas com muito talento e ouço histórias ricas e cheias de fantasia e lições também.


Porém gostaria de deixar um recado para aqueles profissionais que fazem uso do ofício de narradores de histórias sem conhecer a real importância desse papel!!!!!!!!!


Cuidado com as palavras que utilizam ao narrar histórias, estamos passando conhecimento geralmente para crianças!


Não utilizem demais as palavras em diminutivo, cuidado com as lições de morais no desenrolar da história, lembrem-se que a história não pode ser traduzida, ela deve ser entendida de acordo com a maturidade e o desenvolvimento de cada ser humano, caso contrário, não irá fazer efeito nenhum, nem mesmo a do prazer de escutar uma boa história.


Atenção ao utilizar a palavra: FEIO ou FEIA, as atitudes não são FEIAS ou BONITAS e sim certas ou erradas!!!!!


Vamos procurar cursos a respeito de moralidade, de contação...


Aqui no meu blog escrevo várias dicas que possam seguir e com muita humildade, acredito que estou aprendendo a cada dia.


Vamos respeitar o ofício de contadores.


Merecemos isso!


Um grande abraço


Juliana Akaishi

sábado, 1 de agosto de 2009

Declaração dos Direitos da Criança Leitora




PODE VIR A ASSUSTAR A ALGUNS MAIS É A MAIS PURA VERDADE, LEIAM CADA DETALHE......



É SURPREENDENTE!!!!!!



BEIJOS JULIANA AKAISHI





"E algumas disposições sobre as crianças e a literatura"



• Nós, crianças, não somos adultos pequenos. Nessa medida somos diferentes em nossos gestos, preferências e, certamente, em nossas leituras.




• Nós, crianças, sabemos que as coisas acabam, que nem toda gente é feliz, que há muitos que sofrem, enfim, que o mundo não termina nos sorvetes e nos jogos de bolas e bonecas.



• Nós, crianças, não somos estúpidos. E discordamos daqueles que nos tratam como incapazes. Daí exigirmos da parte dos adultos uma linguagem normal, sem diminutivos ridículos e sem frases de efeito.



• Nós, crianças, não somos “palhaços" para os adultos. E nos negamos a ser animadores de reuniões familiares. Por isso mesmo renunciamos a condição de objeto de exposição.
Parágrafo: É uma ofensa grave para nós e para literatura ter que recitar diante das visitas.



• Nós, crianças, temos o direito de ver o mundo em tamanho natural; e nem sempre em miniatura.



• Nós, crianças, denunciamos a zoologia da fábula imposta pelos adultos, como único caminho para nos explicar as coisas.



• Nós, crianças, exigimos nos livros preferencialmente feitos para nós, imagens menos óbvias e menos bobas. Não queremos em nossos livros ilustrações supérfluas.
Parágrafo: É mentira que dos livros só as imagens nos interessam.



• Nós, crianças, consideramos que os bons somente bons e os maus somente maus só existem na cabeça dos escritores adultos.



• Nós, crianças, pensamos que as lições de moral e os finais felizes são os finais mais chatos e menos emocionantes.



• Nós, crianças, lemos com todo nosso corpo, não só com nossos olhos. Por isso consideramos um desrespeito à nossa intimidade sermos obrigados a ler sentados ou em pé.



• A nós, crianças, encanta-nos a ação e o movimento. Gostamos do que salta e pula, e do que sonha e brilha. Se tem um livro que nos atrai é aquele que pode fazer parte de nossas brincadeiras.



• Nós, crianças, lemos de muitas maneiras e vários tipos de livros. A televisão por exemplo, é um desses. Nós, crianças, somos multileitores e tal qualidade deve ser respeitada pelos adultos.



• A curiosidade das crianças é um direito que deve ser respeitado pelos adultos. As respostas pela metade, incompletas, são faltas graves contidas nesta Declaração de Direitos da Criança Leitora.



• Nós, crianças, gostamos de encontrar nos livros que lemos palavras raras, desconhecidas, sonoras, misteriosas. Por isso mesmo são ofensas para nós os "glossários" e "vocabulários" postos ao final ou abaixo dos textos. Declaramos que nós, crianças, não somos retardados ou incapazes de entender a língua. Os "Dicionários para crianças" não têm valor para nós.



• Não há temas para crianças. A fantasia e a imaginação não têm castas e etapas.




• Qualquer generalização que se faça sobre a infância é um engano. Nós, crianças, não passamos por uma "idade" que se chama infância. A infância não é uma idade.




Fonte: Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - Suplemento Publicado pelo CERLALC no Boletim EL LIBRO.FemandO Vásquez Rodriguez.(Declaração apresentada na área de "Lectoescritura" Mestrado em Educação. Santa Fé de Bogotá, agosto 27 de 1993)Tradução: Beatriz Dusf e Iraides Coelho.




Um pouco dessa maravilha...

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A função do contador, assim como pais e professores, é explorar a função educacional do texto literário: ficção e poesia por meio da seleção e análise de livros infantis; do desenvolvimento do lúdico e do domínio da linguagem Estratégias para o uso de textos infantis no aprendizado da leitura, interpretação e produção de textos também são exploradas com o intuito final de promover um ensino de qualidade, prazeroso e direcionado à criança.