PODE VIR A ASSUSTAR A ALGUNS MAIS É A MAIS PURA VERDADE, LEIAM CADA DETALHE......
É SURPREENDENTE!!!!!!
BEIJOS JULIANA AKAISHI
"E algumas disposições sobre as crianças e a literatura"
• Nós, crianças, não somos adultos pequenos. Nessa medida somos diferentes em nossos gestos, preferências e, certamente, em nossas leituras.
• Nós, crianças, sabemos que as coisas acabam, que nem toda gente é feliz, que há muitos que sofrem, enfim, que o mundo não termina nos sorvetes e nos jogos de bolas e bonecas.
• Nós, crianças, não somos estúpidos. E discordamos daqueles que nos tratam como incapazes. Daí exigirmos da parte dos adultos uma linguagem normal, sem diminutivos ridículos e sem frases de efeito.
• Nós, crianças, não somos “palhaços" para os adultos. E nos negamos a ser animadores de reuniões familiares. Por isso mesmo renunciamos a condição de objeto de exposição.
Parágrafo: É uma ofensa grave para nós e para literatura ter que recitar diante das visitas.
• Nós, crianças, temos o direito de ver o mundo em tamanho natural; e nem sempre em miniatura.
• Nós, crianças, denunciamos a zoologia da fábula imposta pelos adultos, como único caminho para nos explicar as coisas.
• Nós, crianças, exigimos nos livros preferencialmente feitos para nós, imagens menos óbvias e menos bobas. Não queremos em nossos livros ilustrações supérfluas.
Parágrafo: É mentira que dos livros só as imagens nos interessam.
• Nós, crianças, consideramos que os bons somente bons e os maus somente maus só existem na cabeça dos escritores adultos.
• Nós, crianças, pensamos que as lições de moral e os finais felizes são os finais mais chatos e menos emocionantes.
• Nós, crianças, lemos com todo nosso corpo, não só com nossos olhos. Por isso consideramos um desrespeito à nossa intimidade sermos obrigados a ler sentados ou em pé.
• A nós, crianças, encanta-nos a ação e o movimento. Gostamos do que salta e pula, e do que sonha e brilha. Se tem um livro que nos atrai é aquele que pode fazer parte de nossas brincadeiras.
• Nós, crianças, lemos de muitas maneiras e vários tipos de livros. A televisão por exemplo, é um desses. Nós, crianças, somos multileitores e tal qualidade deve ser respeitada pelos adultos.
• A curiosidade das crianças é um direito que deve ser respeitado pelos adultos. As respostas pela metade, incompletas, são faltas graves contidas nesta Declaração de Direitos da Criança Leitora.
• Nós, crianças, gostamos de encontrar nos livros que lemos palavras raras, desconhecidas, sonoras, misteriosas. Por isso mesmo são ofensas para nós os "glossários" e "vocabulários" postos ao final ou abaixo dos textos. Declaramos que nós, crianças, não somos retardados ou incapazes de entender a língua. Os "Dicionários para crianças" não têm valor para nós.
• Não há temas para crianças. A fantasia e a imaginação não têm castas e etapas.
• Qualquer generalização que se faça sobre a infância é um engano. Nós, crianças, não passamos por uma "idade" que se chama infância. A infância não é uma idade.
Fonte: Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil - Suplemento Publicado pelo CERLALC no Boletim EL LIBRO.FemandO Vásquez Rodriguez.(Declaração apresentada na área de "Lectoescritura" Mestrado em Educação. Santa Fé de Bogotá, agosto 27 de 1993)Tradução: Beatriz Dusf e Iraides Coelho.
Ju, estou tentando um contato com vc e não consigo...vamos a mais uma tentativa. Sou psicanalista e estou fazendo uma pesquisa nesta área dos contos de fadas...gostaria de ter um contato seu para quem sabe desenvolver minha pesquisa com mais prioridade. Meu nome:Leila Viana, meu e-mail: leilavq@gmail.com
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