quinta-feira, 18 de junho de 2009

Um pedacinho de um dia de conto

Há muito tempo, na China, vivia um menino chamado Ping, que adorava flores. Tudo o que ele plantava florescia. O Imperador também adorava flores. Quando chegou o momento de escolher um herdeiro, ele deu uma semente de flor para cada criança do reino, dizendo - 'Quem provar que fez o melhor possível dentro de um ano, será meu sucessor!'. Ping plantou sua semente e cuidou dela dia após dia. Mas os meses se passaram e a semente não brotou. Quando chegou a primavera, Ping apresentou-se ao Imperador levando apenas um pote vazio. A arte primorosa e a bela simplicidade do texto de Demi mostram como o fracasso constrangedor de Ping se transformou em triunfo, nesta fábula sobre a honestidade recompensada.

O POTE VAZIODemi
Editora: Martins Fontes - Martins

TIPOS DE NARRAÇÃO??????

Me deparei com uma leitura muito interessante de uma especialista em Língua Portuguesa e Literatura, Marina Cabral e achei muito relevante postar algumas de suas palavras sobre tipos de narradodores:


Cada uma das
histórias que lemos, ouvimos ou escrevemos, é contada por um narrador.
Nos
exercícios de leitura, assim como nas experiências de escrita, é fundamental a preocupação com o narrador.
A grosso modo, podemos distinguir três tipos de narrador, isto é, três tipos de foco narrativo:
- narrador-personagem; - narrador-observador; - narrador-onisciente.
- O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem. Ele tem uma relação íntima com os outros elementos da narrativa. Sua maneira de contar é fortemente marcada por características subjetivas, emocionais. Essa proximidade com o mundo narrado revela fatos e situações que um narrador de fora não poderia conhecer ao mesmo tempo essa mesma proximidade faz com que a narrativa seja parcial, impregnada pelo ponto de vista do narrador.
- O narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações. Ele conhece todos os fatos e por não participar deles, narra com certa neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade. Não tem conhecimento íntimo dos personagens nem das ações vivenciadas.
- O narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa, às vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa. Ele conhece tudo sobre os personagens e sobre o enredo, sabe o que passa no íntimo das personagens, conhece suas emoções e pensamentos.
Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece o narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim o enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas conseqüências.
Vivendo e aprendendo sempre!!!
Beijos Juliana Akaishi


NARRAÇÃO X DRAMATIZAÇÃO


A narração de estórias vem da época dos primitivo, passando pelas fábulas onde os homens observavam sua personalidade, esopo onde temos como referencia La Fontaine e os castelos com seus Sarais.
No Universo Camponês, em rodas com fogueiras, as histórias eram contadas não só como diversão, mas principalmente como instrução (lição de moral).
Perrault, coletou e organizou os contos colocando valores morais em seus finais, Irmãos Grim, coletaram contos e lendas e Andersen baseou-se em sua própria vida e em contos poéticos.
Além dessas, existem as histórias que não deixam de ser do Universo Canponês, passadas de geração para geração, as folclóricas de cada região, as de experiências vividas por cada indivíduo.
O importante disso tudo é como elas são passadas, podemos perceber uma diferença entre narração e dramatização.
Para narradores de histórias, a história ou lenda contada, deve estar em primeiro plano, ela deve sobressair a qualquer outro recurso a ser utilizado na hora da contação, aí vem a crítica à dramatização (parte teatral), que atrai muito mais o público pelo visual, pelos recursos do que pela própria história em si. (ou seja, no final de uma apresentação a platéia não se lembra da história contada, mas sim dos recursos utilizados).
Não podemos confundir essas duas vertentes, claro que ambas tem seus valores, mas quando você quer focar uma história, lembre-se sempre da importância da narração, das palavras!
Essa área de contação ou narração de histórias, esta se tornando cada vez maior, o que é necessário lembrar é que para se tornar um verdadeiro narrador, requer muito estudo, leitura, empenho, boa vontade, humildade e jogo de cintura.
Quem quiser entrar nessa é só me procurar!
Logo estarei montando cursos sobre o tema.
Juliana Akaishi

Um pouco dessa maravilha...

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A função do contador, assim como pais e professores, é explorar a função educacional do texto literário: ficção e poesia por meio da seleção e análise de livros infantis; do desenvolvimento do lúdico e do domínio da linguagem Estratégias para o uso de textos infantis no aprendizado da leitura, interpretação e produção de textos também são exploradas com o intuito final de promover um ensino de qualidade, prazeroso e direcionado à criança.